O PHL - Personal Home Library é um sistema especialmente desenvolvido para administração de coleções e serviços de bibliotecas, centros de informações e museus. Foi concebido para ser utilizado de forma intuitiva, não requerendo de seus usuários nenhum tipo especial de treinamento.
O padrão do registro utilizado pelo PHL se baseia no formato UNISIST/Unesco, que, ao contrário dos antigos formatos anglo-americanos* (MARC, USMARC, UKMARC, UNIMARC, MARC21, etc) vem proporcionar aos bibliotecários com pouco ou nenhum conhecimento de informática ou de regras e sintaxes especiais, a descrição eficiente e precisa de qualquer tipo de informação independentemente de seu suporte. É um formato moderno, de baixíssimo custo de implementação, de comprovada eficiência e adotado como padrão nos organismos internacionais e nas grandes redes mundiais de informações bibliográficas (BIREME, AGRIS, FAO, INIS, etc).
O PHL foi desenvolvido com tecnologia cliente/servidor, utilizando a linguagem XML IsisScript, interpretada pelo servidor de bases de dados WWWisis/Bireme, diponível para todos os sistemas operacionais (Linux, FreeBSD, Windows, HP-UX, etc.). Com o PHL é possível buscas simultâneas em várias bases de dados e importação de registros de outras bibliotecas através do protocolo HTTP, em substituição a protocolos tipo Z39.50, o que vem diminuir substancialmente o custo de instalação e manutenção. O PHL utiliza base de dados no padrão CDS/ISIS-Unesco.
O PHL foi publicado pela primeira vez, em maio de 2001, no servidor
http://www.ritterdosreis.br, disponibilizando na Web, os catálogos e serviços da Biblioteca Dr. Romeu Ritter dos Reis da Sociedade de Educação Ritter dos Reis (Porto Alegre - RS), tornando-se a primeira biblioteca brasileira a integrar, através da Web, e em tempo real, todos os serviços e rotinas (
Aquisição, Tombamento, Catalogação, Kardex, Empréstimo,
Renovação, Reservas, DSI, etc.).
Os textos destes roteiros passaram a ser distribuídos com os
fontes abertos, para uso
gratuito em servidores locais (localhost), incentivando e dando suporte às bibliotecas para sua implementação e utilização.
Essa iniciativa criou uma nova alternativa às bibliotecas usuárias de bases de dados CDS/ISIS(c)Unesco presas ao sistema operacional Windows da Microsoft, tornando possível a gestão de suas de bases de dados em sistemas operacionais alternativos e de baixo custo como o Linux e FreeBSD.
A partir deste período, centenas de bibliotecas passaram a testar o PHL e contribuir enviando sugestões. Em julho/2002 contabilizamos 975 downloads destes roteiros e 28 bibliotecas se licenciaram para sua adoção em ambiente Web. Hoje, já contamos com mais de 1700 bibliotecas usuárias do PHL, sendo
que dezenas delas já disponibilizando seus acervos na Web.
Prof. Elysio Mira Soares de Oliveira
Bibliotecário e Documentalista - CRB8-3650
Consultor em Ciência e Tecnologia da Informação
Ex. United Nations/PAHO Database Management
Diretor da InfoArte
*Nota: O formato MARC surgiu na década de 1960 na "Library of Congress" para mecanização do processo de impressão de fichas catalográficas. Ao longo dos tempos foi se adaptando, mas pouco evoluiu como padrão de registro e até hoje exige do bibliotecário o uso de marcas, sinais e sintaxes, ainda presas às restrições de software e hardware da década de 60. Tem se firmado até hoje, não por sua eficiência ou flexibilidade, mas sim pelo argumento que, por ser muito utilizado, facilita o intercâmbio de informação. O que é válido, mas isso não exclui que as redes de informações ou bibliotecas que utilizam outros formatos não dispõe desta facilidade. Hoje, somente no Brasil, são mais de 2 milhões de registros bibliográficos disponíveis para "download" entre as bibliotecas usuárias do PHL. Karen Coyle, em seu artigo "Is MARC Dead?" apresentado em um encontro da "American Library Association" em julho de 2000, coloca um ponto final em toda esta discussão. Vale a pena ler.